
Viver em sociedade obriga-nos a tomarmos posicionamentos que implicam em praticarmos escolhas temporárias ou permanentes. Observem algumas das muitas cobranças sociais; que geram na maioria das vezes conflitos e sofrimentos:
O adolescente é cobrado passar no vestibular, escolher uma profissão, independentemente se esteja “maduro” o suficiente para realizar esta escolha. A interferência do outro, a pressão social obriga-o fazer escolhas, estas que geram conflitos que se somam aos esperados nesta fase efervescente da vida.
Depois da escolha da profissão, em seguida é cobrado a se destacar no corporativismo. Quando consegue passar desta fase surgem às cobranças em relação à constituição de um novo núcleo familiar (namorar, casar, ter filhos).
Consequentemente, quando se constitui uma família e tem um filho, logo é cobrado para ter um 2º filho.
Se este jovem/homem passa por uma situação de divórcio, logo é cobrado a formar outro “novo” núcleo, isto é, frequentar lugares, conhecer pessoas novas, etc.
Ao comprar um imóvel em seguida surge a cogitação de possuir outros bens materiais. Quando compra um carro a cobrança das pessoas que o cercam se faz em relação a programação de quando irá trocar de modelo, de marca, de potência e essencialmente que seja “zero”. Quando adquire um aparelho smartphone, logo recebe oferta de um aparelho mais moderno, e por ai vai.
Na atualidade as pessoas não desenvolvem autoconhecimento suficientemente eficaz para as tomadas de decisões, resignam-se a estas cobranças sociais que em geral são prejudiciais ao amadurecimento psíquico, sendo algumas destas as consequências: Jovens que desistem no “3º” ano nas universidades; relacionamentos conjugais desgastados (aumento considerável de divórcios); indivíduos workaholics (trabalhadores compulsivos); pessoas que desenvolvem cobranças excessivas para si mesmas com crenças associadas à incapacidade e fracasso, entre outros.
Quando a cobrança social “devora” o indivíduo, este se distancia de sua essência, ou seja, daquilo que o satisfaz enquanto ser humano. É possível ser feliz mesmo não seguindo os padrões sociais, e o autoconhecimento na tomada de decisões auxilia a priorizar seus anseios; o seu próprio bem-estar e não os anseios dos outros.
Antes de qualquer decisão importante, reflita: esta decisão é o que eu realmente quero ou estou decidindo para agradar os padrões sociais e/ou alguém.
Pense Nisso!