
Diz o credo popular que a raposa desistiu de tentar pegar a suculenta fruta devido a altura do pé de uva impossibilitar a sua degustação, proferindo o famoso "deixa, eu não queria mesmo - as uvas estão verdes".
Quantas vezes você não desistiu de um projeto, de uma relação ou até mesmo de um sonho por medo e receio de não consegui-los?
Quantas vezes você não se pegou igualmente como a raposa, repetindo que "as uvas estão verdes"?
De forma recorrente, muitas pessoas reforçam o movimento de estagnação, esperando que os conflitos e as situações se resolvam com o "resolve tudo" chamado TEMPO. "Deixa que o tempo se encarregue", "com o tempo as coisas se encaixam", "dê tempo ao tempo".
Essas são as falas mais comuns das pessoas que se sabotam, que inibem a sua potencialidade se conformando com o "NÃO" que já está configurado. Porque não tentar o "SIM"? Porque será que é preferível manter as coisas como estão (por pior que estejam) do que tentar se aventurar pela conquista do novo?
O novo assusta , incomoda , traz medo e receio. Talvez seja muito mais tranquilo lidar com um incomodo conhecido do que com uma aventura desconhecida. Cada escolha é uma renúncia e a sabotagem individual te impede de perceber a necessidade de dispensar o velho discurso das uvas que estão verdes para a busca por outras hortas, outras frutas e outros mundos.
Perceber a auto sabotagem nem sempre é fácil, se conscientizar desse movimento traz angústia e sentimento de impotência emocional. Mas nada é imutável, tudo muda quando existe um querer mais forte que a acomodação.
O papel do psicólogo também é de te auxiliar na identificação dessas auto sabotagens. O primeiro passo em sua direção, sempre será uma tarefa individual e intransferível!
Te convido a uma reflexão.